
07 ago 6 dicas de contabilidade para pequenas empresas e profissionais liberais
A contabilidade para pequenas empresas e profissionais liberais é um dos problemas mais comuns para esses empreendimentos.
Afinal, as pequenas empresas e profissionais desse tipo estão em uma situação incômoda: ao mesmo tempo que contam com responsabilidades contábeis,
faltam-lhes conhecimento e recursos para realizar o trabalho.
Por causa disso, a maior parte de erros contábeis é cometida pelas pessoas jurídicas de pequeno porte, o que pode prejudicar a saúde financeira dessas empresas. Mas como resolver essa questão?
O escritório de contabilidade Consultoria RR foi contatado a fim de passarem 6 dicas de contabilidade para pequenas empresas, as quais seguem descritas logo abaixo.
1. Separar o caixa da empresa e da pessoa física
“Essa é sempre a primeira dica que damos, já que é o erro mais comum cometido por pequenas empresas”, explica o consultor da Consultoria RR.
Confundir o caixa da empresa com o do dono cria um problema de crescimento para a companhia, além de desorganizar completamente as finanças da empresa.
Torna-se uma tarefa difícil saber se a empresa não dá lucros por causa dos gastos do seu dono, ou porque seu trabalho não está precificado adequadamente.
Além disso, a desorganização impede que a companhia possa se planejar para um maior crescimento.
Essa falta de organização prejudica na tentativa de obter crédito para expansão ou, até mesmo, na tentativa de vender a empresa. Como os livros contábeis não estão bem organizados, fica difícil comprovar a saúde financeira da companhia para obter juros baratos ou convencer os possíveis compradores.
2. Organizar o pagamento do pró-labore
O pró-labore é um pagamento que a empresa faz ao seu dono, sócio ou administrador. Ele funciona, na prática, como uma espécie de salário ao dono da empresa, mas é diferente em termos jurídicos e contábeis.
Dentre as diferenças, uma é que o pró-labore não é afetado por leis trabalhistas. Por exemplo, não há férias ou 13º de pró-labore. Por outro lado, há a possibilidade de alterá-lo à vontade.
“Em termos contábeis, o pró-labore também é diferente de um salário já que tem uma taxação diferente, tanto para a empresa quanto para quem o recebe”, explica o especialista.
Por isso, é importante organizar bem o pagamento do pró-labore para ajudar na organização da empresa e facilitar na separação das contas do dono com as da empresa.
Como o dono já sabe que receberá aproximadamente aquele valor de pró-labore, ele organizará melhor as suas contas e não precisará retirar recursos do caixa da empresa.
3. Fazer a escrituração contábil
Uma das maneiras de organizar as finanças da empresa é fazer a escrituração contábil – um trabalho básico -, mas muito importante dentro de uma companhia.
“A escrituração contábil é registrar cada movimentação financeira feita pela empresa, desde compra de material e pagamentos de contas até vendas de produtos”, revela o contador consultado.
A importância dessa técnica é manter a organização dos livros contábeis da empresa e permitir que ela possa se planejar melhor financeiramente.
Após análise dos livros de escrituração contábil, por exemplo, foi possível perceber que, sempre ao redor dos dias 5 e 15 do mês, havia um aumento considerável de gastos, como folha de pagamento, quitação de parcelas de empréstimo, compras com fornecedores e outros.
Nesse caso, seria interessante tentar juntar dinheiro para ter um fluxo de caixa maior nessa época, evitando pegar dinheiro emprestado no cheque especial, incidindo juros sobre ele.
Atualmente, a escrituração contábil pode ser feita por software, de maneira rápida e fácil. Então não há desculpa para não fazê-la.
4. Organizar fluxo de caixa
O fluxo de caixa da empresa é muito importante e precisa ser organizado. Uma das maneiras de fazer isso é com a já citada escrituração contábil.
Sem uma boa organização nesse quesito, a empresa pode se complicar em várias áreas da sua vida.
“Um bom exemplo foi esse dos juros no cheque especial. Sem uma organização do fluxo de caixa, a empresa pode precisar entrar no LIS para pagar algumas contas urgentes e só repor esse dinheiro no fim do mês, contando os juros enquanto isso. Essa desorganização encarece a operação”, diz o contador da
Consultoria RR.
Outros prejuízos envolvem a obtenção de crédito para expansão e vulnerabilidade a processos, quando os compromissos não são cumpridos no prazo determinado.
5. Escolher o regime tributário correto
Muitas pequenas empresas ou profissionais liberais pecam ao escolher o regime tributário errado para realizar seus trabalhos e operar no mercado.
Por exemplo, as pequenas empresas podem optar pelo Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real.
“Normalmente, o Simples Nacional é o mais indicado para pequenas empresas, mas isso não é uma regra. Depende do caso. Existem situações, faturamentos e setores do mercado específicos em que pode ser mais econômico optar pelo Lucro Presumido ou Lucro Real.
É preciso avaliar caso a caso com alguém que domine as alíquotas para fazer as contas e ver qual regime é o mais vantajoso”, explica a Consultoria RR.
Com os profissionais liberais isso também acontece, mas com outro programa: o Microempreendedor Individual. (MEI).
“Um dos problemas comuns é ver profissionais de certas áreas tentando se encaixar no MEI, sem preencherem os requisitos para isso. Além da questão do faturamento, um dos requisitos para ser MEI é que a profissão não seja regulamentada por outra lei. Quem já exerce a profissão de dentista, fisioterapeuta ou advogado, não pode se registrar nesse regime”, revela o contador.
6. Contratar serviço de contabilidade terceirizado
A contabilidade não é uma área simples, mas é extremamente importante para a empresa. Por melhor que seja um produto e por maior demanda que exista, qualquer companhia sem um bom setor contábil, inevitavelmente vai fracassar.
“Por essa razão, recomendamos a contratação de um serviço de contabilidade terceirizado. Com ele, a empresa fica protegida de erros contábeis e cria as condições financeiras adequadas para crescer”, diz o consultor.
Fonte: Jornale